Me sinto um estrangeiro em minha própria terra, percebo vozes que soam como a minha, mas não as compreendo.
Eu não entendo.
Deito em minha cama e me sinto tão longe de casa, como se estivesse naquele velho navio.
A cidade cinza que me circunda carrega a cor do meu peito, como chegar se não conheço o lugar que estou partindo.
A cada segundo o sentimento se renova, o velho pelo novo, o hábito pelo importuno. Não sou daqui, nem de lá, não sou de nenhum lugar.
Sou um estranho em minha terra.